Luxemburgo é o favorito para assumir o Fluminense

Campeão brasileiro em 2012, o técnico Abel Braga foi demitido do Fluminense nesta segunda (29) após o quinto jogo seguido sem vitória no Brasileirão 2013. Vanderlei Luxemburgo, Ney Franco e Cristóvão Borges são os mais cotados para assumir o comando do tricolor carioca. Dos três, apenas o último está empregado – trabalha no Bahia, quinto colocado do campeonato.

Nesta noite, a diretoria do Fluminense se reúne para definir os novos rumos do futebol. Além do presidente Peter Siemsen, devem participar do encontro o executivo Rodrigo Caetano, o vice-presidente de futebol Sandro Lima e o presidente da Unimed, patrocinadora do clube, Celso Barros.

OS MAIS COTADOS

Vanderlei Luxemburgo, de 61 anos, está desempregado desde junho, quando se desligou do Grêmio. O time gaúcho investiu em um elenco recheado de veteranos como Zé Roberto, Dida e Cris, o técnico teve um aproveitamento de 64% em 91 jogos mas os resultados falaram mais alto. O Grêmio foi eliminado pelo Independiente Santa Fé-COL na Libertadores, principal objetivo do primeiro semestre, e viu o arquirrival Inter ser campeão estadual. Segundo informações de bastidores, o carioca é o preferido de Celso Barros.

Ney Franco, de 47 anos, conhece o futebol carioca pois já trabalhou no Botafogo e no Flamengo. Ele deixou o São Paulo em julho, com 58,6% de aproveitamento, exatamente no dia em que completou 1 ano no clube do Morumbi. Ele também trabalhou nas categorias de base da seleção brasileira, e pode ser uma opção caso o Fluminense queira reforçar seu elenco com as revelações de Xerém.

Cristóvão Borges, de 54 anos, jogou no Fluminense de 1979 a 1983. Desde que pendurou as chuteiras, trabalhou como auxiliar técnico e passou por Bangu, Coritiba, Guarani e Juventude, mas ganhou repercussão nacional após substituir Ricardo Gomes no Vasco, em 2011. O ex-jogador transferiu-se para o Bahia, clube que o revelou, em maio.

Jorginho quebra o silêncio e explica saída do Flamengo

Demitido do Flamengo após 14 jogos no comando da equipe, o técnico Jorginho concedeu entrevista coletiva nesta segunda (10). Ele citou um velho problema do clube, o vazamento de informações para a imprensa, como um dos principais motivos para a sua saída. O ex-lateral direito também falou sobre a polêmica com Renato Abreu e as dispensas de Ibson e Alex Silva.

“O Flamengo é o tempo todo um turbilhão. Nada do que a gente conversa internamente fica sem vazar para a imprensa. Em todo lugar tem um X-9. Esse é o Flamengo, e a gente tem que conviver com isso, aparando as arestas e tentando resolver os problemas. A verdade no futebol é que, se você vence, está tudo bem, mas se perde, nada presta”, resumiu o treinador, que foi auxiliar de Dunga na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda.

Jorginho não acredita que saiu do clube por pressão de jogadores ou clima no vestiário. “Não tínhamos problemas, o ambiente era o melhor possível. Todo clube tem seus problemas. Uma coisa que eu escutei do Léo Moura, e que foi muito interessante, foi quando ele me disse que jamais tinha visto os jogadores que não jogam trabalharem como vinham trabalhando”, acrescentou.

Em outros trechos da entrevista, Jorginho falou sobre jogadores:

Renato Abreu – “Falei muito com ele o quanto ele estava errado, e ele me pediu desculpas”

Ibson (volante, negociado com Corinthians) -“Ele pode ter ficado chateado comigo, mas era um jogador caro, podia abrir espaços para outros. Trouxemos quatro jogadores que ganham o que ele ganhava. Quando não há uma resposta técnica, temos que tomar uma decisão. Foi uma decisão técnica e financeira”.

Alex Silva (zagueiro) – “Tentamos algumas vezes, mas a torcida tinha uma rixa com ele que não o deixava jogar. Sei como é chegar para jogar e ser vaiado o jogo todo. Mas é um jogador pelo qual tenho muito respeito, e algumas decisões que ele tomou são uma situação que só ele sabe e não passou para ninguém”